O que é Candidíase Vaginal?
Informações com Dr. Alison Moriyama – Ginecologia e Saúde da Mulher
A candidíase vaginal é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que normalmente habita a flora vaginal, mas pode se proliferar em excesso em determinadas condições. É uma das infecções ginecológicas mais comuns e provoca sintomas como corrimento esbranquiçado e coceira intensa. Embora não seja considerada uma IST, sua frequência pode aumentar após relações sexuais, uso de antibióticos ou em situações de imunidade baixa.
Quais são os sintomas?
Os sintomas típicos da candidíase vaginal incluem:
- Corrimento espesso e esbranquiçado: com aspecto semelhante a "leite coalhado".
- Coceira intensa na região vulvovaginal: principal queixa das pacientes.
- Ardência ao urinar: especialmente ao final da micção.
- Irritação e vermelhidão local: inflamação da vulva e vagina.
- Desconforto ou dor durante a relação sexual: devido à irritação e inflamação.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da candidíase é realizado clinicamente pelo ginecologista e pode incluir:
- Anamnese: histórico de sintomas e fatores predisponentes.
- Exame ginecológico: inspeção da vulva, vagina e colo uterino.
- Exame a fresco: visualização do fungo em microscópio com coleta da secreção vaginal.
- Exame de pH vaginal: geralmente ácido (menor que 4,5) na candidíase.
- Cultura vaginal: indicada em casos recorrentes ou refratários ao tratamento.
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento da candidíase envolve o uso de antifúngicos e medidas de higiene:
- Antifúngicos tópicos: cremes ou óvulos vaginais (nistatina, miconazol, clotrimazol).
- Antifúngicos orais: fluconazol em dose única ou conforme orientação médica.
- Orientações de higiene íntima: evitar duchas vaginais, uso de sabonetes adequados.
- Tratamento de casos recorrentes: pode exigir terapia prolongada e abordagem de fatores predisponentes.
Quais são as causas mais comuns?
A candidíase pode ser desencadeada por diversos fatores:
- Uso de antibióticos: altera a flora vaginal, favorecendo o crescimento da Candida.
- Alterações hormonais: gravidez, uso de anticoncepcionais, menopausa.
- Diabetes mellitus: níveis elevados de glicose favorecem a proliferação do fungo.
- Imunossupressão: HIV, uso de corticoides ou imunossupressores.
- Hábitos inadequados: roupas apertadas, umidade excessiva, duchas vaginais.
Como prevenir?
Algumas medidas simples ajudam a prevenir episódios de candidíase:
- Manter higiene íntima adequada: sem uso excessivo de sabonetes ou duchas.
- Preferir roupas íntimas de algodão: para manter a região arejada.
- Evitar roupas apertadas e úmidas por tempo prolongado: como biquínis molhados.
- Controlar glicemia: em casos de diabetes.
- Consultar o ginecologista regularmente: para avaliação preventiva e orientações personalizadas.
Dúvidas Frequentes (FAQ) sobre Candidíase Vaginal
Candidíase é uma doença sexualmente transmissível (DST)?
Não. A candidíase não é considerada uma IST, pois é causada por fungos da flora vaginal. No entanto, o contato sexual pode favorecer o desequilíbrio e proliferação do fungo.
Homens podem ter candidíase?
Sim, homens podem desenvolver balanite por Candida, com sintomas de vermelhidão, coceira e secreção no pênis, especialmente em casos de má higiene ou imunidade baixa.
É normal ter candidíase recorrente?
Casos de candidíase de repetição são comuns e exigem investigação de fatores predisponentes como diabetes, imunidade baixa ou alterações hormonais.
O uso frequente de absorventes pode causar candidíase?
O uso prolongado de absorventes, especialmente os diários, pode aumentar a umidade local e favorecer a proliferação de fungos.
Como saber se o corrimento é realmente candidíase?
O diagnóstico deve ser confirmado por exame ginecológico e análise da secreção. A automedicação não é recomendada.
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