O que é Endometriose?
Informações com Dr. Alison Moriyama – Ginecologia e Saúde da Mulher
A endometriose é uma condição ginecológica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade uterina, afetando órgãos como ovários, trompas, peritônio e intestinos. Estima-se que cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva sejam afetadas por essa condição.
Embora seja uma condição benigna, a endometriose pode causar sintomas significativos e impactar a qualidade de vida, sendo uma das principais causas de infertilidade feminina.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da endometriose variam, mas os mais comuns incluem:
- Dismenorreia: Cólicas menstruais intensas que podem piorar com o tempo.
- Dispareunia: Dor durante ou após relações sexuais.
- Disquesia: Dor ao evacuar, especialmente durante o período menstrual.
- Disúria: Dor ao urinar, principalmente durante a menstruação.
- Infertilidade: Dificuldade para engravidar.
- Fadiga crônica: Cansaço persistente sem causa aparente.
- Distensão abdominal: Sensação de inchaço ou aumento do abdômen.
Em até 20% dos casos, a endometriose pode ser assintomática, sendo diagnosticada apenas durante investigações por infertilidade ou outras condições.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da endometriose envolve:
- Anamnese detalhada: Avaliação dos sintomas, histórico menstrual e reprodutivo.
- Exame físico: Pode revelar dor à palpação, nódulos ou aderências.
- Ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal: Auxilia na identificação de lesões profundas.
- Ressonância magnética: Útil para mapear lesões e planejar tratamentos.
- Videolaparoscopia: Considerada o padrão-ouro para diagnóstico definitivo, permitindo visualização direta e biópsia das lesões.
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento da endometriose depende da gravidade dos sintomas, localização das lesões e desejo reprodutivo da paciente. As opções incluem:
- Terapia hormonal: Anticoncepcionais orais, progestagênios ou análogos de GnRH para suprimir a menstruação e reduzir o crescimento do tecido ectópico.
- Analgésicos: Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e outros medicamentos para controle da dor.
- Cirurgia: Videolaparoscopia para remoção de lesões e aderências, indicada em casos refratários ao tratamento clínico ou com endometriomas grandes.
- Reprodução assistida: Fertilização in vitro para pacientes com dificuldade de engravidar.
- Suporte multidisciplinar: Fisioterapia pélvica, psicoterapia e acupuntura podem auxiliar no manejo da dor e bem-estar.
Quais são os riscos de não tratar?
A falta de tratamento pode levar a:
- Infertilidade: Danos às estruturas reprodutivas podem comprometer a concepção.
- Progressão da doença: Aumento das lesões e piora do quadro de dor.
- Comprometimento de órgãos: Lesões profundas podem afetar intestinos, bexiga e ureteres.
- Impacto na qualidade de vida: Dor crônica, fadiga, depressão e ansiedade.
Dúvidas Frequentes (FAQ) sobre Endometriose
Endometriose é comum?
Sim. Afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, sendo uma das principais causas de dor pélvica crônica e infertilidade.
É possível engravidar tendo endometriose?
Sim. Muitas mulheres conseguem engravidar naturalmente ou com auxílio de técnicas de reprodução assistida.
O DIU hormonal ajuda no tratamento?
Sim. O DIU de levonorgestrel pode reduzir os sintomas ao inibir o crescimento do tecido endometrial ectópico.
A endometriose tem cura?
Não há cura definitiva, mas tratamentos disponíveis podem controlar sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Quais são os fatores de risco?
Histórico familiar, menstruação precoce, fluxo menstrual intenso e ciclos curtos são fatores associados.
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